terça-feira, 12 de julho de 2011

O amor e o pecado

Quem disse que amar não é pecado, não entende de amor ou de pecado.

Ora, pois, quem ama chora e faz chorar.
Espera e é esperado.
Acha, mas nunca encontra.
Encontra, mas nunca é encontrado.
Perdoa, sempre.
Se entrega totalmente e assim manifesta todo o pecado que há no amor.

Amando, nos entregamos totalmente em prol de quem amamos.
Sim, num mundo onde os mais fortes prevalecem, onde os espertos sempre ganham e onde o ódio e a vingança imperam, digo eu: amar é o maior pecado cometido pela humanidade.

Falo de amor, não de freio na barriga, arrepio ou até paixões arrebatadoras.
Falo de amor na forma mais simples e complexa de ser entendida.

Reabro o blog com esse texto. Reflexão para um mundo perfeito.

sexta-feira, 25 de março de 2011

A fé, a esperança e o amor

"Vivo, num mundo vazio e inóspito.
Carrego comigo a fé, a esperança e o amor.
A fé me faz enxergar o impossível.
A esperança me faz repousar em meio ao caos.
O amor me torna capaz dos mais belos atos."

(Autor Desconhecido)

sexta-feira, 18 de março de 2011

A vida


Até onde vale a pena viver,
Cantar, correr, dormir, acordar, estudar.

Enfastiei-me da vida e de muitas coisas relacionadas a ela.
Tive vontade de sumir, desaparecer completamente sem deixar rastros.

A morte foi minha confidente durante muitos dias, ou melhor, noites.
O sangue que corria em minhas veias esfriava a cada momento.

Minha esperança corria de mim, minha fé sucumbia diante do inesperado.

Eu era como um trapo, jogado ao relento.

Indignado com tudo e com todos ao meu redor.

Vida, inóspita vida, quem te entende? Há quem te busque e há quem queira fugir de ti...

E hoje? Hoje eu vivo, apenas vivo, e com intensidade vou caminhando na longa estrada que me levará ao desconhecido.

Clayton, apenas pensando e escrevendo...

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O poeta II

Quem tem a beleza que tu tens?
Beleza não encontrada em ninguém.

Não és Rosa e nem lírio,
És muito mais bela, um delírio.

Em teus beijos eu me afogo,
Nos teus braços me jogo.

Na imensidão dos teus olhos eu pulo,
Um salto sem cálculo, mas não nulo.

Seu amor eu quero pra sempre,
Dia e noite, eternamente.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O poeta

19/01/2011

O poeta vai embora num dia e volta no outro e assim percebe que nunca deixa de ser poeta, apenas para por alguns instantes, recarrega as baterias e pensa um pouco na vida. Logo acorda e retorna, sendo quem sempre foi, fazendo o que sempre fez, vendo a vida cheia de flores, jardins e lagos, cheia de alegrias e sorrisos, cheia de vida e de paz. Esse é o poeta, quando morto vive, e quando vivo apenas morre, para que pessoas sejam beneficiadas pela sua morte diária.

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18/01/2011


o céu nem sempre está azul,
o dia nem sempre é tão perfeito,
as flores nem sempre brotam,
as lágrimas geralmente escorrem pelas nossas faces,
pessoas vão e vem,
nossa vida é uma eterna canção,
uma raridade de palavras,
uma imensidão de sentimentos que se confundem em meio ao frenesi diário....

enfim, mais besteiras, palavras, apenas palavras...

domingo, 2 de janeiro de 2011

Escritos, apenas escritos I

Nunca enxerguei a vida como as pessoas normais e geralmente sou acusado de sonhar, viajar, voar. A culpa não é minha, não sou desse mundo, nunca consegui ser, apesar de já ter tentado.

Estou longe da perfeição, não é isso, é apenas um desejo de mudar, ser melhor, me tornar uma pessoa melhor em todos os aspectos do que chamamos vida.

Enxergar a vida de modo poético e belo é para poucos. Manter a alegria firme e inabalável em nossos dias é para minoria.

Lutar sem nunca perder a compostura, falar sem nunca perder-se na imensidão das palavras, gritar e fazer com que seu grito seja sentido como algo positivo no vazio onde as palavras vagam até penetrar nos ouvidos, coração, mente e alma dos que nos ouvem.

Sorrir quando se tem vontade de chorar e chorar de rir com as alegrias que a vida nos proporciona.

Jamais perder o bom humor, a cordialidade, sensatez e leveza, a última contida nos gestos mais insignificantemente esplêndidos.

Amar como se fosse a última vez, viver morrendo e morrer vivendo.

Deixar escorrer as lágrimas pelos olhos, sozinho, num canto escuro qualquer, se derramar na presença do Ser inescrutável.

Sonhar como se fosse real, e realizar aquilo que era sonho na boca de muitos.

Buscar, tendo a certeza de que um dia encontrará.

Fugir, com o desejo de ser encontrado.

Lutar para perder ganhando sem luta e sem esforço.

Viver como se o impossível fosse apenas uma palavra sem poder algum para nos fazer parar e desistir.

E eu volto no amor, que eu tenho sentido de forma mais intensa ultimamente.

Insondáveis são aqueles que amam, capazes dos mais belos atos e das mais fascinantes loucuras em prol daquilo ou daquele a quem se ama.

Fascinar-se diante do brilho das estrelas, da imensidão do horizonte e do impetuoso mar que se choca contra as pedras e grita o seu poder. Olhar a lua e imaginar a distância que percorrem os sonhadores enquanto caminham em direção a ela, dia após dia.

Viajar, voar, viver, sorrir, cantar, experimentar e, pasmem, fazer isso sofrendo e chorando, no meio do caos e da angústia...

Não há vitória que suplante a de amar e ser amado.

Não há derrota que derrote aquele que ama.

Clayton, o inderrotável, pensando nela.

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Lutas, corridas, caminhos, encontros e desencontros

Se lutamos, é certo que por algo lutamos.
Se corremos, atrás de algo o fazemos.
De certo é também que muitas vezes não sabemos se nossa luta é legítima, apenas lutamos pelo que acreditamos.
Mas, quem disse que aquilo que acreditamos é justo e verdadeiro?
Quem se põe como juiz entre nós e a nossa luta ilegitimamente legítima? (de fato é assim que é, e digo isto sem medo de errar)
Nossa consciência é o juiz nessa incessante batalha judicial* entre o certo e o errado, entre o belo e o feio? (Batalha essa travada em nossa mente)
Seremos réus confessos, todas as vezes que lutarmos por algo totalmente ilegítimo, mas que para nós tem total aparência de legitimidade?
Correremos, sim, de nós mesmos, todas as vezes que encararmos a realidade de quem somos?
Como loucos, buscamos respostas para perguntas que nós mesmos criamos pelo simples motivo de sermos superficialmente falhos e contraditórios em nossas escolhas e métodos de vida.
Digo superficialmente para ser mais contraditório do que normalmente sou e para fazer você pensar comigo.
Como sábios, nos calamos diante da inquietude que abala a nossa alma a ponto de estagnar nosso pensamento e atitude.
Incoerentemente encontrei o que não buscava, procurei e não estava lá, perdi e nunca me dei conta disso.
Morri estando vivo. Vivi estando morto.
Sorri chorando e chorei sorrindo.
Nesse frenesi absurdamente atraente eu caminho, sem correr.
Não paro, pois sei que não posso, não corro, pois não há forças para tal.
Apenas caminho, e é no caminho, ou melhor, em o caminho, que me encontro.
Encontro no caminho, caminho em qualquer encontro e até mesmo quando perdido, me encontro (ou sou encontrado?), descubro que sem encontro não há caminho e que sem caminho não há encontro.
Outro eu (eu mesmo), éramos muitos, hoje, apenas um, contraditório, rebelado, incoerentemente sábio e tolo.

Estou enlouquecidamente apaixonado pela vida, nesse escarpado caminho, caminho.

Clayton Neves...


* (peço desculpa aos leitores que tem problema em lidar com as palavras juiz, judicial e etc., eu as utilizo de forma convencional e você tem o direito ou não de assumir a mesma convenção que eu)

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