domingo, 27 de junho de 2010

Odres e Vinhos

Mateus 9:14-17:
“Então, chegaram ao pé dele os discípulos de João, dizendo: Por que jejuamos nós, e os fariseus, muitas vezes, e os teus discípulos não jejuam? E disse-lhes Jesus: Podem, porventura, andar tristes os filhos das bodas, enquanto o esposo está com eles? Dias, porém, virão em que lhes será tirado o esposo, e então jejuarão. Ninguém deita remendo de pano novo em veste velha, porque semelhante remendo rompe a veste, e faz-se maior a rotura. Nem se deita vinho novo em odres velhos; aliás, rompem-se os odres, e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; mas deita-se vinho novo em odres novos, e assim ambos se conservam.”
Não vou me ater muito aos versículos 14 e 15 visto que os mesmos tornam-se de fácil compreensão quando entendemos que:
  1. Jesus é o Noivo;
  2. Os discípulos eram “individualmente” convidados para o casamento (filhos das bodas);
  3. Os discípulos eram “coletivamente” a Noiva do Senhor.
Passarei agora a explicar que, odres eram peles e couros de animais confeccionados de várias maneiras e utilizados como garrafa a fim de conservar bebidas.
Não se põe vinho novo em odre velho, pois o mesmo já não tem elasticidade. Vinho novo deve ser colocado em odres novos. Da mesma maneira não se remenda tecido velho com tecido novo, pois maior será a ruptura.
Você me pergunta: tá, mas o que isso tem a ver comigo? Simples, o vinho novo são os ensinos de Jesus sobre arrependimento, novo nascimento, Graça e outras coisas mais ensinadas pelo Próprio e que podem ser facilmente percebidas nos Evangelhos e nas epístolas paulinas.
E o odre velho? São os antigos preceitos da Lei e da tradição dos anciãos (se Deus assim permitir falaremos mais delas em outra ocasião). Da Lei diz o Senhor que veio cumprir e na cruz cumpriu plena e satisfatoriamente, reconciliando com Deus todos os homens, judeus ou gentios e quem quer que fosse, ou melhor, seja.
Tá irmão, entendi, mas e os tecidos? Simples meu querido, quer dizer a mesma coisa, roupa velha, preceitos e Leis antigas que não mais se aplicavam e que não poderiam se misturar com as novas (lembra do fermento de fariseu que faz levedar toda a massa?). Não se pode mesclar o Evangelho de Jesus com a lei, como muitos tem feito – misericórdia quero e não sacrifício.
Mateus 9:13:
“Ide, porém, e aprendei o que significa: Misericórdia quero e não sacrifício. Porque eu não vim para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.”
Ou estamos no tempo da Graça ou estamos debaixo da Lei e deixando levedar a massa inteira. Quer seguir a lei, então terá que segui-la inteiramente, e o apóstolo amado disse que isso não é possível (e nem necessário), então vamos parar de misturar Lei, misticismo, numerologia e coisas mais ao Evangelho meu caro.
Os fariseus e os discípulos de João (provavelmente instigados pelos anteriores) acreditavam (vide v.14) que a Graça de Deus, ou seja, o favor imerecido podia ser merecido (que coisa não?) através de sacrifícios (jejum) duradouros (muitas vezes).
Jesus veio para “quebrar” esse ensino, abolir a conquista de bênçãos, Graça, salvação ou o crédito que muitos davam a esses ensinos, através de obras da Lei (legalismo purinho). Acorda irmão, sai fora dessa teologia da “troca”, da “barganha” com Deus e vai viver o puro e verdadeiro Evangelho.
Romanos 3:24
“sendo justificados gratuitamente pela sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus,”
Romanos 4:16
“Portanto, é pela fé, para que seja segundo a graça, a fim de que a promessa seja firme a toda a posteridade, não somente à que é da lei, mas também à que é da fé de Abraão, o qual é pai de todos nós”
À que é da lei significa a posteridade. Ou seja posteridade da lei e posteridade que é da fé de Abraão, ou seja, TODOS nós.
Romanos 11:6
“Mas, se é por graça, já não é pelas obras; de outra maneira, a graça já não é graça.”
E quantos de nós tem anulado a graça e temos “barganhado” a nossa salvação através das obras?
Gálatas 2:21
“Não aniquilo a graça de Deus; porque, se a justiça provém da lei, segue-se que Cristo morreu debalde.”
É, amigo, muitos tem “invalidado” através de ensinos errôneos o sacrifício de Cristo.
Gálatas 5:4
“Separados estais de Cristo, vós os que vos justificais pela lei; da graça tendes caído.”
Efésios 2:5,8
“estando nós ainda mortos em nossas ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos),”
“Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isso não vem de vós; é dom de Deus.”
Está, portanto, proibido ou abolido o jejum? De maneira nenhuma, o apóstolo Paulo jejuava.
2 Coríntios 11:27:
“em trabalhos e fadiga, em vigílias, muitas vezes, em fome e sede, em jejum, muitas vezes, em frio e nudez.”
Jesus nos ensinou que há castas de demônios que só saem com jejum e oração.
Mateus 17:21:
“Mas esta casta de demônios não se expulsa senão pela oração e pelo jejum.”
Mas jejum não salva ninguém querido, mas é pela Graça e isso não é por obra nenhuma que façamos, mas é dom de Deus.

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